domingo, 29 de junho de 2008

Mente Verdadeira e Mente Ilusória


"Mente verdadeira" e "mente ilusória" são dois aspectos da mente. Ambas emergem da mente. A mente ilusória é a mente esquecida e dispersa, a qual emerge do esquecimento. A base da mente verdadeira é a compreensão desperta, a qual emerge da plena consciência. A observação consciente desvela a luz que existe na mente verdadeira, de modo que a vida poderá ser revelada em sua realidade. Sob esta luz, confusão se torna compreensão, visões errôneas se tornam visões corretas, miragens se tornam realidade e a mente ilusória se torna mente verdadeira. Uma vez que a observação consciente nasça, ela penetra o objeto da observação, ilumina-o e, gradualmente, revela sua verdadeira natureza. A mente verdadeira emerge da mente ilusória. As coisas em sua verdadeira natureza e as ilusões são de uma mesma substância básica. É por isso que praticar é uma questão de transformar a mente ilusória e não buscar a mente verdadeira em algum outro lugar.

Thich Nhat Hanh.

sábado, 28 de junho de 2008

Mantras de Krishna Das

Os CD's de Mantras de Krishna Das, o tornaram referência mundial no universo da World Music.

"Mantras são sons que vêm de um lugar muito profundo de dentro de nós... não de fora"!

Aprendi uma coisa: "Todo mundo é igual, tem o mesmo coração, o mesmo sangue, todos querem a mesma coisa... apenas serem felizes!"



sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sobre a felicidade...

Depoimento tocante deste Venerável Lama tibetano chamado Chodak Nubpa sobre a felicidade, a partir da ótica budista.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Domando a nossa "natureza animal"

Domando a nossa "natureza animal", representada no Zen, por um touro...


Você já viu um mendigo se suicidar?

São os problemas que nos mantém vivos... a existência daquilo que nos desafia que faz a vida ter sentido. Os maiores índices de suicídios entre os jovens estão nos países mais estáveis e desenvolvidos. Quando tudo parece estar "perfeito" demais, você desanima. Você já viu um mendigo se suicidar? Agora “ricos”, já vi muitos!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Superação

Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Não importa quais sejam os obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho. (Dalai Lama, O Livro de Dias, Sextante)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Impermanência – tudo passa

Quem se aproxima do Buddhismo muitas vezes vê a impermanência como algo ruim. E isso ocorre porque geralmente estamos tão centrados em nosso próprio prazer e felicidade que quando ouvimos sobre a impermanência imediatamente pensamos nos nossos pais que vão morrer, nossos filhos que vão crescer e se mudar de cidade, no fato de que iremos adoecer, etc.; mas a impermanência também se aplica 'positivamente'. Graças à impermanência, quando ficamos gripados, a gripe não dura meses. Depressões, humores, situações desagradáveis, tudo isso passa graças à impermanência. É um conselho de impermanência que damos às pessoas que estão passando por algum momento difícil da vida. Dizemos: "Isso vai passar!" Usamos a impermanência de forma positiva.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Porque tememos tanto a morte?

Por que é tão difícil praticar a morte e praticar a liberdade? E por que temos tanto medo da morte que evitamos por completo olhar para ela? De algum modo, no fundo, sabemos que é impossível evitar encará-la para sempre. Sabemos que, nas palavras de Milarepa, "essa coisa chamada 'cadáver', que tanto nos apavora, vive conosco aqui e agora". Quanto mais adiamos esse encontro, quanto mais o ignoramos, maior é o medo e a insegurança que surgem para nos perseguir... Quanto mais tentamos fugir do medo, mais monstruoso ele se torna.

A morte é um vasto mistério, mas há duas coisas que é possível dizer a seu respeito: é absolutamente certo que morrermos um dia e é absolutamente incerto quando e onde essa hora vai chegar. Então, a única certeza que temos é essa incerteza sobre o instante da nossa morte, a que agarramos para adiar encará-la diretamente. Somos como crianças que fecham os olhos no jogo de esconde-esconde e pensam que assim ninguém pode vê-las.

(Sogyal Rinpoche autor do livro tibetano do viver e do morrer)

O nascimento de um homem é o nascimento de sua dor. Quanto mais ele vive, mais estúpido se torna, porque sua ansiedade para evitar a morte inevitável torna-se mais e mais aguda. Que amargura! Ele vive por aquilo que está sempre fora do seu alcance! Sua sede de sobreviver no futuro faz com seja incapaz de viver no presente. (Chuang-Tsu)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Tradição Zen


Silêncio e concentração. Pernas cruzadas. Pés sobre as coxas, mãos no colo e costas retas. É assim que os adeptos do zen budismo meditam. No Japão, a prática chegou no início do século doze, e o tempo transformou a lenda em “folclore”, com a fabricação dos bonecos Darumás.

“As pernas não aparecem porque elas estão na postura de lótus e as mãos estão também escondidas dentro desse manto, realizando o mudra cósmico. Então tanto os braços como as pernas acabam não aparecendo. Parece que só tem rosto, mas tem o corpo inteiro”, disse o monge Francisco Handa.

O Darumá é um dos talismãs mais populares do Japão. O nome é a representação de Bodhidharma, monge indiano fundador do zen budismo. “O Budidharma seria o principal patriarca do budismo depois do Buda. Budhidharma é um elemento extremamente importante dentro do budismo zen, se não fosse ele com certeza hoje nós não estaríamos praticando o budismo zen aqui e no mundo inteiro”, afirmou o monge.

Foi Bodhidharma quem levou o budismo da Índia para a China. Segundo a lenda, o monge era incansável na busca pela iluminação. Um dia, decidiu se recolher no silêncio de uma caverna para meditar. Lá ficou por nove anos até alcançar a iluminação. Ainda de acordo com a lenda, durante todo o tempo em que ficou meditando Bodhdharma “não pregou os olhos”.

Talvez seja essa a explicação para o Darumá não ter as pálpebras nem as pupilas.

“Darumá queria justamente isso: a persistência. Você acreditar naquilo que você está planejando. Não desista. Vá em frente e não faça com que nenhum tipo de obstáculo acabe atrapalhando seus planos. Talvez seja essa a lição que ele pode acabar nos transmitindo”, disse o monge.

Fonte: G1

Nossos problemas emocionais não são reais

“Emocionalmente, temos muitos problemas, mas esses problemas não são reais, são algo que foi criado; são problemas levantados pelas nossas idéias ou pontos de vista egocêntricos. É por salientar algo que há problemas. Mas, na realidade, não é possível salientar alguma coisa em particular. Felicidade é infelicidade, infelicidade é felicidade. Há felicidade na dificuldade e dificuldade na felicidade. Embora as maneiras de sentir sejam diferentes, elas não são realmente diferentes, na essência são a mesma coisa. Essa é a verdadeira compreensão...”

Mente Zen, Mente de principiante - Autor: Shunryu Suzuki.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O zen budismo aprova a violência?

Este vídeo é uma resposta a um vídeo de ataque ao zen budismo postado no youtube por um pastor fundamentalista, o qual tem sido muito difundido, o vídeo do pastor pode ser visto aqui!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Vendo as coisas como elas são

Ver as coisas como elas são, incluindo nós mesmos, é o principal motivo que leva os praticantes a meditarem. De um modo geral, não nos damos conta da relação entre os padrões habituais da nossa atividade mental e o sofrimento que eles nos causam a nós e aos outros. A observação consistente da mente, durante a meditação e ao longo do dia, revela-nos que grande parte do nosso tempo é despendido a correr atrás de certas coisas e circunstâncias e a rejeitar outras. Damo-nos conta que despendemos uma parte considerável do nosso tempo e da nossa energia a reciclar prazeres e agravos do passado, ou ocupados em como podiam ou deviam melhorar as coisas no futuro, comparando constantemente pessoas e coisas, encarando-as segundo categorias
dualistas como bem e mal, desejável e indesejável, certo e errado, culpado e inocente, amigo e inimigo, etc.

Ao meditarmos, passamos a ver com maior clareza os nossos preconceitos e apegos, e isto faz com que procuremos aperfeiçoar o nosso caráter. A observação simples, honesta, não verbal, dos nossos processos mentais e emocionais produz de fato uma mudança no modo como encaramos as situações e as pessoas que encontramos. O efeito final é uma aproximação à
vida que se manifesta em atitudes de não rejeição e de não apego, de não distorção da verdade, de abstenção do excesso de satisfação de desejos e de não ceder ao auto engano. Esta maneira de viver manifesta-se quer num plano pessoal quer num plano social, e decorre mais de uma profunda compreensão interior do que de um ato de vontade. Como conseqüência, tornamo-nos menos propensos, por exemplo, a tirar proveito egoísta da natureza ou do próximo, a voltar as costas à vida por ingestão de químicos ou de drogas, a fechar os olhos às necessidades dos outros e aos efeitos das nossas vidas no meio ambiente.

Uma prática contínua de plena atenção ao longo de muitos anos pode dar origem a experiências de profunda compreensão interior que transformam a visão que temos de nós mesmos, ao ponto de podermos ver que o eu a que estivemos ligados prazenteiramente ao longo da nossa vida mais não é do que uma miragem auto-construída. É como se descascássemos uma cebola. Os falsos pensamentos são removidos, camada após camada, até deixarmos de ver não só um eu dissimulado e fingido, mas também um eu desnudado. Aspiras a descobrires o teu eu, mas acabas por descobrir que não há nada a descobrir.

Em termos mais concretos, praticar meditação faz diminuir gradualmente a errância dos teus pensamentos até experimentares um estado de “não-mente”. Perceberás naturalmente que a tua vida no passado foi construída sobre um acumular de noções errôneas e confusas que não são o teu verdadeiro eu. O teu verdadeiro eu é um que é inseparável de todos os outros. A existência objetiva de todos os acontecimentos compreende todas as várias dimensões da existência subjetiva do teu eu. Não tens, portanto, que procurar nada nem desprezar nada. O que está diante de ti em cada momento é o que tens procurado, e não podes nem tens de lhe acrescentar nada para ele ser perfeito.

Ao alcançar este estádio, o praticante de meditação torna-se compassivo para com todos os humanos e todos os outros seres. O seu caráter torna-se radioso, aberto, luminoso como a luz da Primavera. Apesar de poder manifestar emoções em prol dos outros, internamente a mente do praticante de meditação está constantemente serena e límpida como a água num lago de Outono. Uma tal pessoa pode ser considerada iluminada.

Fonte: Os Fundamentos da Meditação Zen.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Porquê meditar?

Diz-se que a meditação pode trazer benefícios físicos e mentais a quem a prática com regularidade. Segundo estudos médicos, os seus benefícios variam entre o desenvolvimento da capacidade de concentração e de raciocínio a melhorias na atividade do sistema imunológico, a alívio de insônias e problemas relacionados com tensão alta. Os praticantes não deixam, porém, de contrair doenças, de sofrer, de morrer. A meditação não é um meio para se alcançar a imortalidade física ou para se libertar das leis da natureza.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Equanimidade

Equanimidade não significa indiferença. Com equanimidade vemos igualmente aqueles que amamos e aqueles que odiamos e oferecemos o melhor que tivermos para fazer ambos felizes. Aceitamos tanto flores quanto lixo, sem apego nem aversão. Tratamos ambos com respeito. Equanimidade significa deixar ir, não significa abandonar e, sim, soltar, deixar existir. O abandono causa sofrimento. Quando não nos apegamos, somos capazes de soltar e ser mais felizes.

Thich Nhat Hanh.

domingo, 15 de junho de 2008

Somos o que pensamos

“Somos o que pensamos
Tudo o que somos provém
dos nossos pensamentos.
Com os pensamentos
Fazemos o mundo”

Buddha.

Zen é Estar Aqui e Agora

“O Zen desafia qualquer definição: nem é uma religião, nem uma filosofia, nem um sistema de pensamento, nem uma doutrina, nem uma crença.
A meditação Zen, como prática de base, ajuda-nos a experimentar
o que não pode ser definido: o instante presente, aqui, agora.”

sexta-feira, 13 de junho de 2008

HAIKAI - Poesia Zen marca modernistas brasileiros



Minimalista ao extremo, o autêntico poema zen japonês, Hai-Kai, carrega uma forte característica dos japoneses: a capacidade de se expressar por simbolismos.

A força da poesia tradicional japonesa vem da síntese. Quatro séculos depois de ganhar forma, virou objeto de estudo nas salas de aula no Brasil.

O Hai-Kai no original japonês é quase uma fórmula matemática: três versos; de cinco, sete, e cinco sílabas.

"Esse desafio de conseguir colocar em 17 sílabas muita coisa, muito significado", disse a estudante Mika Yagura.

Quando as palavras certas se encontram, dá orgulho aos aprendizes.

"Fazer essa síntese envolve essa simplicidade que o japonês tem. Então, me sinto feliz, talvez até honrada de estar aprendendo a pensar como japonês", disse a estudante Thays Froes.

"Apenas estando aqui,
estou aqui,
e a neve cai" - Kobayashi Issa.

"O Hai-Kai é um poema da sugestão, você sugere, não diz. E isso na verdade é uma essência da arte zen japonesa”, acrescenta Jô Takahashi da Fundação Japão.

Portal G1.

Encontrando um sentido para vida


"Nós somos visitantes nesta vida passageira.
Ficamos aqui por noventa,
cem anos no máximo.
Durante este tempo,
deveríamos tentar fazer alguma coisa boa,
fazer algo útil com nossas vidas.
Tente estar em paz consigo mesmo,
e ajude os outros a compartilhar desta paz.
Se você contribuir
para a felicidade de outras pessoas,
encontrará a verdadeira meta,
o verdadeiro sentido da vida."

(Dalai Lama)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O que é iluminação?

“A iluminação é ver com clareza o Aqui e Agora – nada mais do que isso – sem todas as falsas aparências ou sem todos os filtros que acompanham habitualmente os nossos processos mentais. É algo tão simples que leva a que a maioria das pessoas, no início da sua prática, alimentem a esperança inconsciente que seja algo mais. Mas milhares de anos de vida indicam que o que há de mais profundo ou fundamental é termos a experiência do universo, agora mesmo, tal como ele realmente é, em vez de sermos levados pelo que o nosso pensamento, ávido e discriminativo, espera ou teme que seja o universo.

A iluminação nada tem a ver com obter algo, mas em renunciar ao apego aos nossos diálogos e “guiões” interiores, às nossas conceitualizações, vícios mentais, amores, ódios, à idéia do nosso “eu” separado da totalidade da existência. A iluminação não implica que não aconteçam coisas ruins. Mesmo que se alcance a iluminação e o corpo e a mente acabem por se fundir, há ainda que continuar a deixar de fora o lixo e a lavar a louça“.

Do artigo “Fundamentos da meditação Zen”

terça-feira, 10 de junho de 2008

Samadhi

Samadhi é o estado de profunda concentração. É obtido na prática de meditação. Com o corpo imóvel, a respiração profunda e observada, a expiração sob tensão do abdomen, a musculatura relaxada, o corpo como uma estátua, a mente 'como um leão prestes a saltar', em completa atenção, longe de qualquer fantasia. À medida que a mente se torna livre de pensamentos obsessivos e invasivos, de seqüências associativas, a percepção do mundo em torno fica cada vez mais nítida. Percebem-se claramente os estalos da madeira das casas, os aviões passando, um companheiro engolindo saliva a dez metros de distância, o sangue pulsando no próprio corpo com a batida do coração, como se fossem ondas de pressão. Não há cogitações, mas profunda e nítida percepção do aqui e agora. Assim inicia o samadhi; quem não percebe o entorno está simplesmente mergulhado em si mesmo, na sua mente delusiva conceitual. O samadhi inicia pela percepção sem cogitações nem interpretações. A obtenção deste estado de samadhi é comum em praticantes regulares, nada de excepcional.

Fonte: Daissen Zendô.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

A insignificância da condição humana é a maior ofensa à nossa vaidade



A insignificância da condição humana é a maior ofensa à nossa vaidade.
O homem pode, com o objetivo de fazer uma avaliação sobre si e sua condição, proceder de duas maneiras. A primeira consiste em tentar entender sua posição perante tudo que é capaz de observar, ou seja, em relação ao Universo como um todo. Qualquer pessoa que estiver sozinha, por momentos, numa praia em noite estrelada terá que concluir pela absoluta insignificância da condição humana; isto ao se tomar como referencial a magnitude da insignificância é, ao mesmo tempo, terrível e agradável, apaziguante. É evidente também que, quanto a este referencial, somos todos iguais e, mais que isso, quase zero.
A outra forma de avaliarmos a nós mesmos é segundo um padrão de referência relativo, ou seja, por comparção com os outros seres humanos. Neste caso, a situação se inverte radicalmente. Para muitas pessoas somos absolutamente significantes, e até mesmo muito importantes..."

Para mim, o ser humano, inconscientemente, se ofende no referencial macro do Universo e acaba se apegando, conscientemente, ao referencial "micro", o próprio ser humano. Aceitar, de maneira consciente, a insignificância da condição humana perante o Universo é praticar o desapego e mais, abolir com o "maldoso" EGO.

Realmente o vídeo diz tudo o que somos perante o Universo, NADA.

(Contribuição pertinente do físico Otávio Bocheco)

A prática da meditação afeta profundamente nosso caráter

[...] Nós conhecemos o mundo exterior de sensações e ações mas, do nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos nós conhecemos muito pouco. O objetivo inicial da meditação é tornar-se consciente e familiarizar-se com a vida interior. O objetivo final é alcançar a fonte de vida e consciência.

Incidentemente, a prática da meditação afeta profundamente nosso caráter. Nós somos escravos do que não conhecemos. Daquilo que conhecemos, somos mestres. Qualquer que seja o vício ou a fraqueza, se os descobrimos dentro de nós e entendemos as suas causas e como funcionam, nos tornamos capazes de superá-los por conhecê-los bem. O inconsciente se dissolve quando trazido à consciência. A dissolução do inconsciente libera energia: a mente se sente adequada e se torna quieta, silenciosa.

Sri Nisargadatta Maharaj - I Am That

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The New York Times: Meditação budista ganha terreno entre terapeutas

[...] A meditação budista chegou à psicoterapia pela medicina acadêmica mainstream. Na década de 1970, um estudante de graduação em biologia molecular, Jon Kabat-Zinn, intrigado por idéias budistas, adaptou uma versão de sua prática meditativa que poderia ser facilmente aprendida e estudada. Era uma versão secular, extraída como uma pedra preciosa das fundações multifacetadas dos ensinamentos budistas, que havia originado uma ampla variedade de seitas e práticas espirituais e atraído 350 milhões de seguidores em todo o mundo.

Na meditação transcendental e outros tipos de meditação, praticantes buscam transcender ou "perder" a si mesmos. O objetivo da meditação mindfulness era diferente: estimular a percepção de cada sensação, à medida que elas se desdobram no momento.

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domingo, 8 de junho de 2008

Praticando o bem

Disse Confúcio: “procura sinceramente o bem, e evita o mal como se evita água fervendo na pele. Todos entendem isso, mas poucos praticam. Por quê?

Porque acham que - se agirem deste jeito - serão enganados pelos outros.

Mas existem alguns exemplos que eu vos dou: o duque Jing de Qi tinha mil carros de guerra. Quando morreu, foi logo esquecido por seu povo, que passou a obedecer ao novo governante, como se Jing de Qi jamais tivesse existido.

Boyi e Shuqi acabaram seus dias com fome e sede, aos pés do monte Shouyang. Mas até hoje são honrados e lembrados por seu povo, que os celebra como grandes sábios

Por isso vos digo, um homem honesto acredita em três coisas: no seu mestre interior, nos outros homens honestos e nas palavras dos sábios. Por isso nunca é enganado pelos outros”.

sábado, 7 de junho de 2008

Não se apresse em acreditar em nada

O Buda disse: "Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver escrito nas escrituras sagradas. Não se apresse em acreditar em nada só porque um professor famoso disse. Não acredite em nada apenas porque a maioria concordou que é a verdade. Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo."

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ser como o rio

“Ser como o rio que flui

silencioso no meio da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas no céu, refleti-las
E se os céus se enchem de nuvens
como o rio,
as nuvens são água;
refleti-las também, sem mágoa,
nas profundidades tranqüilas”.

Poeta Manuel Bandeira.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Holi o festival das cores

É tradição na Índia celebrar o início da primavera com uma grande festa. Neste dia, uma chuva de pó colorido se espalha pelas ruas, pintando tudo o que encontra. É um chamado para a beleza da estação e também espalha mensagens de alegria e amor.

As pessoas correm de um lado para o outro com saquinhos cheios de um pó colorido, vendidos em bancas de rua pelos ambulantes: tem vermelho, azul, lilás e dourado, entre outras cores. A graça é jogar o pó uns nos outros. Lembra a infância, uma brincadeira gostosa, mas é um festival conhecido como Holi, feito tradicionalmente em março para comemorar o início da primavera em algumas cidades da Índia. Durante o Holi, que dura cerca de dois dias, as pessoas vão para as ruas, saúdam a nova estação dizendo “Happy Holi” (feliz Holi, em inglês), e, principalmente, se salpicam com cores.

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

MEDITANDO NA AÇÃO

“ Conta uma história Zen em que o discípulo pergunta ao mestre:

- Mestre, como o senhor põe a meditação em ação? Como prática na vida de todo dia ?

- Comendo e dormindo, responde o mestre.

- Mas, Mestre, todo mundo come e todo mundo dorme.

- Mas nem todos comem quando comem e nem todos dormem quando dormem.

Daí vem a famosa citação Zen: “Quando como, como; quando durmo, durmo.”

Texto extraído de “O Livro Tibetano do Viver e do Morrer” de Sogyal Rimpoche

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Praticando a reverência


A tradição de juntar as palmas das mãos e fazer uma reverência quando encontramos alguém é muito bonita. Na Ásia, milhões de homens e mulheres cumprimentam-se desta maneira, diariamente. Quando uma pessoa me oferece uma xícara de chá, sempre faço uma reverência respeitosa.

Contudo, devemos lembrar de não fazê-lo mecanicamente. Temos que estar conscientes da pessoa que estamos cumprimentando. Quando nosso respeito é sincero, lembramos que ela tem a natureza búdica, a natureza do despertar.

Se praticarmos assim regularmente, veremos uma mudança se operar em nós mesmos. Desenvolveremos a humildade e também nos daremos conta de que nossas habilidades são ilimitadas. Quando sabemos respeitar os outros, sabemos também respeitar a nós mesmos.

Às vezes pensamos que somos superiores aos outros - talvez mais educados ou inteligentes. Ao ver uma pessoa sem educação um sentimento de desdém pode surgir em nós, mas esta atitude não ajuda ninguém. Nosso conhecimento é relativamente limitado.

Uma orquídea, por exemplo, sabe como produzir flores nobres e simétricas, um caracol sabe como fazer uma linda e bem proporcionada concha. Comparando os nossos conhecimentos a esses, sentimos que não vale a pena propalarmos as nossas habilidades, mesmo que tenhamos um Ph.D.

Deveríamos é fazer uma profunda reverência perante a orquídea e o caracol, assim como juntar as palmas das mãos reverentemente diante da majestade de uma borboleta e de uma árvore de magnólias.

Sentir respeito por todas as espécies de seres vivos nos ajudará a reconhecer uma parte da natureza divina em nós mesmos.

No Ocidente, talvez você prefira o aperto de mãos. Tudo bem, desde que você reverencie os outros com plena atenção e respeito, qualquer que seja a forma usada, que seja com natureza humilde.

Formar uma flor de lótus em botão ao juntar as palmas das mãos nos dá grande prazer. Espero que você procure fazê-lo sempre que possível.

A flor de lótus possui a natureza de Buda.

Gasshô! _/\_...

domingo, 1 de junho de 2008

É preciso saber calar a voz

Existem pessoas que estão sempre falando obsessivamente sobre si mesmas, e estas nunca conseguem resolver seus problemas.

Precisamos saber calar. Existem momentos em que a melhor maneira de resolver nossas coisas é agüentando firme. Nestas horas, fica difícil até mesmo procurar um sentido espiritual para nossa vida. Este sentido existe, independente de compreendermos ou não, mas se não conseguimos vê-lo, não adianta forçar a barra.

Os hindus chamam isto de “yoga da inação”: sair de si mesmo e olhar–se como se fosse outra pessoa. Observar os próprios gestos, as preocupações, o medo.

Quando conseguimos isto, todos os falsos problemas desaparecem. Então temos tempo e calma necessários para resolver o que realmente precisamos.

Postado originalmente no blog Paulo Coelho.